sábado, maio 12, 2007

Catulo, 32

Amabo, mea dulcis Ipsitilla,
meae deliciae, mei lepores,
iube ad te veniam meridiatum.
Et si iusseris, illud adivuato,
ne quis liminis obseret tabellam,
neu tibi lubeat foras abire,
sed domi maneas paresque nobis
novem continuas fututiones.
Verum si quid ages, statim iubeto:
nam pransus iaceo et satur supinus
pertundo tunicamque palliumque.

Eu te peço, minha doce Ipsistila,
Delícia e encanto deste meu viver:
Convida-me a passar contigo a sesta.
Caso me convidares, cuida bem
De que não ponham tranca em tua porta
E não te dê vontade de sair.
Fica em casa, tranqüila, preparando-te
Para nove trepadas sucessivas.
Se preferires, vou agora mesmo:
Almocei bem e ora farto, ressupino,
Furo, de impaciência, túnica e toga.
(Tradução de José Paulo Paes)


Peço, minha boa Hipsistila,
minhas delícias, meus encantos, pede
que eu vá dormir junto contigo a sesta.
E se pedires cuida disto: que outro
não introduza entraves na portinha
nem queiras tu sair por aí fora.
Mas fica em casa, preparando para
nós umas nove contínuas trepadas.
E se algo fores fazer, chama logo,
que almoçado, deitado, e satisfeito,
tanto túnica eu furo quanto o manto.
(Tradução de João Angelo Oliva neto)

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