quarta-feira, dezembro 09, 2009

Antologia Grega: Rufino

5.35

Três beldades escolheram-me para julgar-lhe as nádegas,
a mim mostradas no esplendor da nudez.
As de uma, florescendo em alvura veludosa, estavam
marcadas ambas por covinhas graciosas;
a nívea carne das de outra, a de pernas abertas, tinha
rubor mais forte que a púrpura da rosa;
as da terceira, calmaria sulcada de ondas mudas,
palpitavam suaves ao seu próprio impulso.
Se o juiz das deusas, Páris, tivesse visto estas nádegas,
não quereria saber de mais nenhuma.

5.60

A jovem de pés de prata lavava os pomos dourados
dos seios banhando-lhes a carne leitosa;
a carnadura das nádegas redondas palpitava,
mais ondulosa e mais fluida do que a água.
Sua mão espalmada tentava encobrir o Eurotas,
mas não todo, não tanto quanto poderia.

[Tradução de José Paulo Paes]

Nenhum comentário: