quinta-feira, abril 03, 2014

Antologia 9.368 (Juliano) - "Sobre a Cerveja"

Τίς, πόθεν εἶς, Διόνυσε; μὰ γὰρ τὸν ἀληθέα Βάκχον,
οὔ σ' ἐπιγιγνώσκω, τὸν Διὸς οἶδα μόνον·
κεῖνος νέκταρ ὄδωδε, σὺ δὲ τράγου. ἦ ῥά σε Κελτοὶ
τῇ πενίῃ βοτρύων τεῦξαν ἀπ' ἀσταχύων·
τῷ σε χρὴ καλέειν Δημήτριον, οὐ Διόνυσον, (5)
πυρογενῆ μᾶλλον καὶ Βρόμον, οὐ Βρόμιον.

Quem és, Dioniso? De onde? Pelo verdadeiro Baco!
Não te reconheço. Só sei do filho de Zeus.
Ele cheira a néctar; tu, a bode. Sim, os Celtas,
pobres de uvas, fizeram-te dos cereais...
Então, deves se chamar Demétrio, não Dioniso, (5)
antes nascido do trigo que do fogo*, e "Bromo"**, não mais Brômio.

Tradução: Rafael Brunhara

* antes nascido do trigo que do fogo" no original,  jogo de palavras entre πῠρογενής ("nascido do fogo"), epíteto do deus do vinho, e πῡρογενής,"nascido do trigo".
** "Bromo": do grego "Βρόμον", "cereal", "aveia".

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