domingo, abril 03, 2016

Hino Órfico 77: Memória [Mnemosine]

Μνημοσύνης, θυμίαμα λίβανον


Μνημοσύνην καλέω, Ζηνὸς σύλλεκτρον, ἄνασσαν,
ἣ Μούσας τέκνωσ' ἱεράς, ὁσίας, λιγυφώνους,
ἐκτὸς ἐοῦσα κακῆς λήθης βλαψίφρονος αἰεί,
πάντα νόον συνέχουσα βροτῶν ψυχαῖσι σύνοικον,
εὐδύνατον κρατερὸν θνητῶν αὔξουσα λογισμόν,
ἡδυτάτη, φιλάγρυπνος ὑπομνήσκουσά τε πάντα,
ὧν ἂν ἕκαστος ἀεὶ στέρνοις γνώμην κατ<ά>θηται,
οὔτι παρεκβαίνουσ', ἐπεγείρουσα φρένα πᾶσιν.
ἀλλά, μάκαιρα θεά, μύσταις μνήμην ἐπέγειρε
εὐιέρου τελετῆς, λήθην δ' ἀπὸ τῶν<δ'> ἀπόπεμπε.

De Memória [Mnemosine], Fumigação: Olíbano

Memória eu chamo, a consorte de Zeus, soberana
que engendrou as Musas, divinas sagradas claras cantoras,
longe sempre do terrível Oblívio demente [Lete]
conservas a inteligência que em almas mortais convive,
bem poderosa forte elevas a razão humana,
dulcíssima vigilante recordando os pensamentos
que cada um sempre deposita no peito,
sem descaminhos despertando a mente em todos.
Vem, venturosa deusa, nos iniciados a memória dos mistérios
despertas, sacratíssimo rito: o oblívio expedes para longe!

[Tradução Rafael Brunhara]

Um comentário:

Alexandre Mariano أُبَيّ هلال disse...

Qual seria a pronúncia mais adequada? é possível encontrar
esses textos em IPA? :D